Botanica

Orquídeas são todas as plantas que compõem a família Orchidaceae, pertencente à ordem Asparagales, uma das maiores famílias de plantas existentes. Apresentam muitíssimas e variadas formas, cores e tamanhos e existem em todos os continentes, exceto na Antártida, predominando nas áreas tropicais. Majoritariamente epífitas, as orquídeas crescem sobre as árvores, usando-as somente como apoio para buscar luz; não são plantas parasitas, nutrindo-se apenas de material em decomposição que cai das árvores e acumula-se ao emaranhar-se em suas raízes. Elas encontram muitas formas de reprodução: na natureza, principalmente pela dispersão das sementes mas em cultivo pela divisão de touceiras, semeadura in-vitro ou meristemagem.

As orquídeas estão organizadas em mais de 1.800 gêneros, subdivididos em torno de 30.000 espécies.

Alguns exemplos:



Cattleya intermedia


Cattleya intermedia



Cattleya harrisone



Cattleya guttata


Brassia aracnoide

Fonte: Orquidea
Acessado em 26/10/2010 às 18h01

Por que as plantas são verdes?


A coloração verde presente nas plantas é ocasionada pela clorofila, presente nos cloroplastos. Os cloroplastos são organelas responsáveis pela absorção da luz necessária para a realização da fotossíntese, recebendo proporções de onda azul, violeta, vermelho e refletindo a luz verde.

A alteração da cor de diversas folhas em períodos do ano, como o outono, acontece em função de transformações químicas nas folhas. Na verdade, no outono as plantas começam a se “preparar” para o inverno, assim, os nutrientes vão saindo lentamente das folhas para os ramos da árvore, tronco e raízes, onde são armazenados e protegidos de forma segura em função do severo frio que se seguirá.

Na medida em que os nutrientes se deslocam para outras partes da planta, as folhas vão parando de fabricar clorofila, dando a coloração amarelada característica. Na maior parte do Brasil, não é muito comum vermos folhas amareladas como em países de clima temperado, justamente porque não há necessidade, pois o frio não é tão intenso.

Fonte: Mundo Educação

Acessado em 23/10/2010 às 17h46

Classificação das Plantas quanto ao Fotoperíodo

Plantas de dia longo

São as plantas que florescem quando expostas a um fotoperíodo acima de um valor crítico, que é chamado de fotoperíodo crítico. Quando esta planta estiver exposta a um fotoperíodo menor que o seu fotoperíodo crítico, ela cresce mas não floresce.

Algumas plantas que respondem deste modo são espinafre, aveia, rabanete, entre outras. Observe a resposta de uma planta de dia longo em relação à exposição à luz.

Exemplo de plantas de dia longo: Ervilhas (Pisum sativum)

Plantas de dia curto

São as plantas que florescem quando submetidas a fotoperíodos abaixo do seu fotoperíodo crítico. Quando expostas a fotoperíodos maiores que o seu fotoperíodo crítico, estas plantas crescem mas não florescem.

Algumas plantas que respondem deste modo são morangueiro, crisântemo, café e orquídea.

A figura a seguir mostra o comportamento de uma planta de dia curto quando exposta à luz.

Exemplo de plantas de dia curto: (Poinsettia thumbnail)

Plantas neutras ou indiferentes

São as plantas que florescem independentemente do fotoperíodo ou que não respondem a um determinado fotoperíodo, como o tomateiro e o milho.

Pesquisas sobre as respostas das plantas a fotoperíodos mostraram que os períodos de escuro que a planta fica exosta deve ser contínuo, ao contrário dos períodos de iluminação que não precisam ser contínuos, pois a interrupção dos períodos de escuro leva a inibição da floração do vegetal.

A resposta do vegetal a floração está relacionada com a ação de um pigmento chamado fitocromo, que é sensível à variação do comprimento do dia de iluminação desencadeando uma resposta fisiológica do vegetal para a floração.

Fonte: Portal São Francisco Imagens: Upload_Wikimedia

Acessado em 22/10/2010 às 21h34

Fisiologia da Condução de Seiva

O sistema de condução de materiais pelos corpos dos seres vivos deve garantir a distribuição de nutrientes e retirada de substâncias tóxicas das células dos tecidos de todo organismo.

Nos vegetais a condução de seiva, isto é, soluções salinas e soluções açucaradas, é realizada através dos sistemas de vasos, que se distribuem ao longo do corpo das traqueófitas.

A distribuição de seiva bruta ou inorgânica (água e sais minerais) é realizada pelos vasos de xilema ou lenho. A distribuição de seiva elaborada ou orgânica (água e açúcares) é realizada pelos vasos de floema ou líber.

O Mecanismo da Condução de Seiva Bruta ou Inorgânica

O transporte da seiva bruta ou inorgânica é realizado em duas etapas, apresentando um transporte horizontal e um transporte vertical de ascensão de seiva.

O transporte horizontal de seiva ocorre desde os pêlos absorventes da epiderme, até os vasos de xilema. A ascensão da seiva ocorre até as folhas, onde ocorrem os fenômenos da fotossíntese e da transpiração.

A melhor explicação para a ascensão de seiva bruta nos vegetais é a teoria da coesão tensão transpiração ou teoria de Dixon, que está baseada no fato de as folhas exercerem uma força de sucção que garante a ascensão de uma coluna de água pelo corpo do vegetal, conforme ocorre a transpiração.

Nos vasos condutores de xilema, existe uma coluna contínua de água, formada por moléculas de água, fortemente coesas, ligadas por pontes de hidrogênio.

Além da força de coesão e ntre as moléculas de água, estas estão fortemente aderidas às paredes dos vasos de xilema.
Conforme ocorre a saída de água na forma de vapor através das folhas, existe um movimento da coluna de água através dos vasos, desde as raízes até as folhas, pois estão coesas e submetidas a uma força de tensão que movimenta a coluna de água através do xilema.

À medida que a água é perdida pela transpiração ou usada na fotossíntese, ela é removida do caule e retirada da raiz, sendo absorvida pelo solo. Para este movimento de água no corpo do vegetal é imprescindível a força de sucção exercida pelas folhas.

Para ocorrer a ascensão da seiva bruta nos vasos de xilema, não deve ocorrer a formação de bolhas de ar nos vasos condutores, pois estas romperiam a coesão entre as moléculas de água, obstruindo a ascensão da coluna de água através do xilema.

O Mecanismo da Condução de Seiva Elaborada ou Orgânica

A seiva elaborada ou orgânica formada nas células dos parênquimas clorofilianos das folhas através da fotossíntese é distribuída por todo o corpo do vegetal através dos vasos de floema ou líber, que estão localizados próximos à casca dos vegetais.
Apesar de a força da gravidade ser favorável a este transporte, existe um fluxo sob pressão das folhas em direção às raízes conforme o modelo físico de Münch.

No vegetal deve ser mantida a diferença de concentração de açúcar entre o órgão produtor, que são as folhas onde ocorre a fotossíntese; e o órgão consumidor, que é a raiz, onde ocorre apenas a respiração. Mantido este gradiente de concentração entre folhas e o resto do corpo do vegetal, ocorrerá o fluxo sob pressão de seiva elaborada através do floema.

Se retiramos um anel completo da casca (anel de Malpighi) que envolve o vegetal, interrompemos a distribuição de seiva elaborada em direção à raiz, pois os vasos liberianos são lesados, levando à morte das raízes depois de certo tempo. Com a morte das raízes, não ocorre absorção de água e sais minerais do solo e, conseqüentemente, ocorrerá a morte do vegetal, pois as folhas não receberão mais água.

Fonte: Portal São Francisco Imagens: Portal São Francisco, SoBiologia.com

Acessado em 22/10/2010 às 21h15


Auxinas

As auxinas são produzidas no ápice do vegetal, sendo distribuídas por um transporte polarizado do ápice para o resto do corpo do vegetal.

Um dos efeitos das auxinas está relacionado com o crescimento do vegetal, pois atuam sobre a parede celular do vegetal, provocando sua elongação ou distensão e, conseqüentemente, o crescimento do vegetal.

Na verdade os efeitos das auxinas sobre os vegetais é muito diversificado, dependendo do local de atuação e concentração, podem apresentar efeitos completamente antagônicos.

Foi na segunda década deste século que os conhecimentos sobre a ação das auxinas nos vegetais explicaram de modo mais esclarecedor como as auxinas atuam sobre os vegetais, a partir das experiências de Went em 1928.
Went trabalhou com coleóptiles de gramíneas, blocos de ágar, observando o comportamento do crescimento do vegetal após a retirada do ápice do vegetal.

Went cortou o ápice do coleóptile, colocando-o em contato com um bloco de ágar. Depois de certo tempo, o bloco de ágar era colocado sobre o coleóptile decapitado.

O resultado obtido com este procedimento foi o mesmo que seria obtido se o ápice do coleóptile estivesse presente no vegetal.

Quando o bloco de ágar, que estivera em contato com o ápice do coleóptile, era colocado de modo a cobrir apenas metade da extremidade do ápice do vegetal, verificava-se um crescimento maior do lado em contato com o bloco de ágar, resultando numa curvatura do coleóptile no sentido contrário da posição do bloco de ágar.


Os Efeitos das Auxinas sobre os Vegetais

gramínea (Poa annua)

As auxinas e a dominância apical

As auxinas, além de promoverem a distensão celular, quando distribuídas caule abaixo, inibem a atividade das gemas laterais, localizadas nas axilas das folhas, que ficam em dormência.

Quando a gema apical do vegetal é retirada, as gemas laterais saem da dormência, isto é, da dominância apical, e ramos laterais desenvolvem-se.

Esta eliminação das gemas apicais é chamada de poda e tem como conseqüência o aumento da copa do vegetal com formação de novos ramos laterais.

As auxinas e a formação de frutos partenocárpicos

Após a fecundação, nas angiospermas, o embrião no interior da semente produz auxinas que agem sobre as células das paredes do ovário, promovendo sua transformação em frutos.

Se não ocorrer fecundação, os óvulos não são transformados em sementes e, conseqüentemente, ocorre a abscisão da flor com a queda do ramo floral.

Se as flores de um vegetal forem pulverizadas com auxinas (AIA), ocorre o desenvolvimento de um fruto partenocárpico a partir da parede do ovário, que não possui sementes no seu interior.

Pode-se induzir a floração em abacaxi, por exemplo, com o uso do ácido naftaleno acético (ANA), que é um tipo de auxina.

As auxinas de efeito herbicida

O efeito herbicida é dado por uma auxina sintética conhecida como 2,4 D (ácido 2,4 diclorofenoxiacético).

Em altas concentrações esta auxina é tóxica para plantas de folhas largas (dicotiledôneas), em áreas de campo ou de agricultura intensiva , eliminando as plantas chamadas de ervas daninhas nestas áreas.

A figura a seguir mostra a ação do 2,4 D sobre a vegetação. Note que esta substância é seletiva sobre as dicotiledôneas.

picão (Bidens pilosus)

O 2,4 - D aplicado sobre uma planta de picão (Bidens pilosus) e uma gramínea (Poa annua) age seletivamente, matando apenas o exemplar da primeira espécie.

Fonte: Portal São Francisco

Acessado em 22/10/2010 às 21h04


Carpelos

Carpelo é uma estrutura presente em todas as Angiospermas, sendo a unidade fundamental do pistilo, ou gineceu.

Os carpelos são, anatomicamente, folhas modificadas que fecham-se sobre os óvulos, formando o ovário das flores. É muito comum haver um prolongamento do carpelo no ápice do ovário, formando o estilete (responsável pela condução do tubo polínico ao ovário) e o estigma (responsável pela recepção do grão de pólen). Após afecundação dos óvulos, o carpelo desenvolve-se para formar um fruto.

As flores podem apresentar um gineceu formado apenas por um carpelo (como nas Leguminosas e grevíleas), ou por vários carpelos livres entre si (neste caso, como em ranúnculos, morangos ou magnólias, o gineceu é chamado apocárpico), ou por vários carpelos unidos entre si (neste caso, como na maioria das espécies de plantas com flores, o gineceu é chamado sincárpico). Há muitos casos em que os carpelos são unidos apenas na base (apenas na região do ovário), dividindo-se no ápice. Mesmo assim, este grau de união é o suficiente para denominar estes pistilos sincárpicos.

Coroa Imperial

No caso de carpelos unidos, cada carpelo pode formar um compartimento independente (ou lóculo), portando seus próprios óvulos, ou então fundir-se uns aos outros, formando um único compartimento.

Fonte: Wikipédia - Enciclopédia Livre

Acessado em 22/10/2010 às 20:31

ESTIGMA

Fotografia ampliada das anteras e respectivos filetes de uma flor de cactus.


Estigma é a área receptiva do pistilo das flores, onde o grão de pólen inicia a germinação do tubo polínico. Pode estar posicionado no ápice do pistilo, ou lateralmente. É a parte achatada do carpelo, situada na sua extremidade superior; possui um líquido pegajoso que contribui para a fixação do grão de pólen.

A superfície do estigma de cada espécie está de acordo com a estrutura do grão de pólen correspondente. Espécies com grãos secos e pulverulentos geralmente apresentam áreas estigmáticas grandes, úmidas, ramificadas ou cobertas de pelos, de forma a que o pólem seja aderido com facilidade em sua superfície. Já espécies com grãos revestidos de lipídios ou espinhosos normalmente possuem estigmas secos e simples. De uma forma ou de outra, é o contato entre a superfície do grão de pólen e a superfície estigmática que ocasiona o crescimento do tubo polínico, que conduz a célula reprodutora masculina do grão de pólen aoóvulo no interior do ovário.

Adaptações das plantas ao Ambiente Terreste

Acredita-se que as plantas terrestres tenham surgido na era paleozóica, originadas a partir de ancestrais aquáticos (algas clorófitas primitivas). O primeiro fóssil bem conservado dessas plantas terrestres primitivas data de 395 milhões de anos.

Existem diferentes teorias sobre como as plantas terrestres originaram-se, mas todas concordam que as primeiras eram do grupo das criptógamas e que, posteriormente deram origem às plantas vasculares com sementes (fanerógamas). As plantas necessitaram de grandes modificações para a conquista desse novo ambiente, e dentre essas adaptações as mais facilmente observáveis são as morfológicas. No entanto, modificações de ordem bioquímica, fisiológica e reprodutiva também foram muito importantes.

Existiram vários problemas para serem solucionados para as plantas mudarem para o ambiente terrestre, dentre os quais destacam-se:

· Redução da perda de água por evaporação: surgimento de tecidos de proteção,

como epiderme e cutícula

· Realização de trocas gasosas: surgimento de poros, câmaras aeríferas e estômatos.


· Fixação ao solo e absorção de água e nutrientes minerais: surgimento de rizóides e raízes è absorção de água e nutrientes, ao mesmo tempo em que permitiram uma eficiente forma de fixação e apoio no solo.

· Maior captação da luz solar: surgimento de filóides e folhas

· Manutenção do porte ereto: surgimento de tecidos de sustentação

· Elevação das folhas para melhor absorção de luz e conexão entre raízes e folhas: surgimento de caulóide e caule

· Condução de água, sais e outras substâncias através da planta: surgimento de vasos condutores de seiva è permitiram rápido transporte de água e sais minerais das raízes até as folhas e de matéria orgânica produzida na fotossíntese das folhas até as partes aclorofiladas, como as raízes.


Corte transversal numa raiz de uma dicotiledônea. A: xilema; B: floema.

· Independência da água para reprodução: Foi necessário também o surgimento de adaptações reprodutivas, tendo em vista que as algas, por exemplo, dependem da água para o transporte de gametas e mesmo para a posterior disseminação de gametas e esporos. As plantas terrestres Criptógamas também são dependentes da água para a fecundação, pois o gameta masculino é flagelado e precisa nadar até o gameta feminino. A independência total da água para esse fim surgiu nas Fanerógamas, com o surgimento da flor e do grão de pólen è transportado pelo vento ou por animais.

· Proteção e dispersão das sementes: surgimento do fruto.