Citologia

 

Descoberta da Célula

O cientista inglês Robert Hooke (1635-1703) a partir da utilização de um microscópio, que possuía duas lentes sobrepostas e colocadas dentro de um tubo metálico, realizou uma análise em um pedaço de cortiça e conseguiu visualizar cavidades dispostas na cortiça e a nomeou de células, como a cortiça é um pedaço de tecido de células mortas, na verdade o que ele visualizou foram somente os espaços vazios outrora ocupados por células vivas.

No século XIX, o botânico escocês Robert Brown (1773-1858) desvendou um reduzido corpo dentro de diversos exemplares de células, chamado por ele de núcleo. Para o botânico alemão Matthias Shleiden (1804-1881) a célula era apenas um componente essencial a todos os vegetais. Em 1839 o zoólogo alemão Theodor Shwann (1810-1882) utilizou o mesmo conceito para aplicação aos animais, dando início a teoria celular de Shwann e Shleiden, afirmando assim que todos os seres vivos, animais ou não, são concebidos por células.

Mesmo após a descoberta e o desenvolvimento da teoria celular ainda existia questionamentos acerca da origem celular, de onde vinham. Pensavam alguns, que as células surgiam através de elementos líquidos de um corpo.

A partir do questionamento sobre a origem celular, o médico alemão Rudolf Virchow, em 1858, declarou que as células tinham a capacidade de se reproduzir, ou seja, uma célula origina-se da outra, e mais do que isso, ele afirmava que as causas das doenças estavam vinculadas diretamente a problemas celulares e que as células carregavam consigo heranças genéticas (hereditariedade).

Organóides ou organelas foram desvendadas no decorrer do século XIX, essas eram incumbidas de exercer distintas funções internas das células, com o passar do tempo foi sendo aceita a idéia de que a célula é a mais reduzida porção de um todo em um organismo, conservando sua particularidade da vida, então as células são capazes de se nutrir, crescer e multiplicar dentro de um organismo